À Deriva
Fim do dia, cada qual se recolhe no seu espaço
De repente, silêncio... De palavras
As luzes tomam suas posições
Explodem os clarões;
Continuo a sina, procurar o que te anima
Uma foto? Uma flor? Uma rima?
Disso tudo tu já tens, físico e virtual
Afinal, nesses dias é nosso ritual
Me agrada sua carícia de palavras
Sem pedras ou espadas
Apenas suas braçadas nesse meu mar nem sempre sereno
Mas, me torno pequeno quando elabora tuas quadras
Podia ser assim, ficaria nessas águas quase sem fim
Mesmo que salgada, sentindo que gostas
De ser apreciada, rimaria todo o vocabulário
Só para que ficasse sempre perto de mim!