zona de (re)conforto

respeitando meu corpo e minhas limitações

perdoando meus próprios erros

refletindo minhas irracionalidades

desconstruindo perfeições

e a cada dia que protagonizo minha história

mesmo me conhecendo melhor do que ninguém

eu me reconheço

na minha singularidade

eu me assusto

com minha mutabilidade

e eu me amo

na minha própria cama

eu posso não ser alguém em quem você confia

mas eu sou alguém em quem eu confio

eu posso não ser alguém que corresponde as suas expectativas

mas as minhas próprias eu correspondo

eu posso não ser o amor da sua vida

mas eu sou o amor da minha

as vezes quando eu me olho nos olhos

eu vejo alguém que eu não gostaria de ver

eu vejo alguém que eu não gostaria de ser

e quando vem aquele desespero

logo vem aquela calma

e percebo que eu só poderia ser

pelos caminhos que percorri

pelos medos que senti

e pelas escolhas que fiz

essa mesma pessoa que eu já sou.

René Yuri
Enviado por René Yuri em 23/09/2018
Reeditado em 26/03/2021
Código do texto: T6457206
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