zona de (re)conforto
respeitando meu corpo e minhas limitações
perdoando meus próprios erros
refletindo minhas irracionalidades
desconstruindo perfeições
e a cada dia que protagonizo minha história
mesmo me conhecendo melhor do que ninguém
eu me reconheço
na minha singularidade
eu me assusto
com minha mutabilidade
e eu me amo
na minha própria cama
eu posso não ser alguém em quem você confia
mas eu sou alguém em quem eu confio
eu posso não ser alguém que corresponde as suas expectativas
mas as minhas próprias eu correspondo
eu posso não ser o amor da sua vida
mas eu sou o amor da minha
as vezes quando eu me olho nos olhos
eu vejo alguém que eu não gostaria de ver
eu vejo alguém que eu não gostaria de ser
e quando vem aquele desespero
logo vem aquela calma
e percebo que eu só poderia ser
pelos caminhos que percorri
pelos medos que senti
e pelas escolhas que fiz
essa mesma pessoa que eu já sou.