Teus olhos

O que mais posso dizer?

Direi ainda que estes lábios são meus?

Ou as mãos, ou os pés e o coração?

Como direi ainda que sou meu

Se a dor: a parte mais fiel de mim

Traiu-me ao contemplar-te?

Teus olhos são infindos mares

E a simples lembrança deles

São como ondas de doçura

Que se quebram sobre mim.

São mais do que fúria e suavidade,

São vendavais de pétalas

A cobrir-me 'té o espírito!

Ao ver-te (Ah)

O sossego adormece

Num sono profundo.

Respirar é quase um milagre (...)

O desejo dá voz ao coração

Mas antes que eu fale

O silêncio sutilmente ressuscita

E acorrenta as palavras

Entre a pele e a alma.

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 10/10/2018
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