Um outro dia.

Uma brisa sopra em meu rosto

Um bafo quente de verão,

Emanando um cheiro acre, como um refluxo.

Há tempos eu não tenho um teto cerúleo.

Cada vez mais, a noite se aproxima.

E eu me sinto cada vez mais pesado.

Carregando todo o peso de uma tristeza.

Quem está ao meu lado, sente um peso de culpa.

Então, tudo sente o peso do arrependimento,

Correntes não são necessárias de certo.

Há outras amarras, por muitos ignoradas.

Ainda se tem motivos para se sentir saudades.

Porém, aos poucos tudo vai morrendo

Linhas no horizonte são apagadas.

Amanhã, talvez seja outro dia.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 13/10/2018
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T6475364
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