Quando...

Quando andas pelos campos

Tão gentil e delicada

Não há quem não se espante

Ou atreva-se a falar.

É como se uma sutileza;

Uma levíssima doçura

Suavemente, tomasse o ar,

E nas mãos de seu segredo,

Arrebatasse toda vida.

Quando olhas, em tua graça,

Para o Céu já suspirando,

Os anjos o desgarram

E ele desmaia apaixonado.

O Sol, corado de vergonha,

Esconde-se em um véu de nuvens.

E em troca de olhar-te,

As estrelas traem a noite.

Quando falas, tão formosa,

Com a voz que voa, ardente,

Entre cravos e cristais.

Não se ouve um som sequer,

Nem uma folha beija o chão.

Adormeces todo canto

E toda voz que ouve a tua.

A Natureza inteira sobe,

Sobre as asas da Quietude,

Pra dormir à luz dos Céus.

E quando ris, ah quando sorris,

É então que o Tempo pára

Pois cativas entre os lábios

Os séculos e os instantes.

A Eternidade cai, suave,

Aos pés de tanta graça.

E, neste encanto, fechas

Os olhos de todos os Sonhos

A sonhar com teu sorriso

E tua beleza

Em maravilhas mais que puras(...)

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 13/10/2018
Reeditado em 13/10/2018
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