No ventre do teu mar sem fim

Gostava de te ter aqui

Sentada no colo do vento

Onde o barulho não se ouve

E a dor não se sente

Gostava de estar aí

No ventre do teu mar sem fim

Mergulhar nas tuas ondas

E deixar-me flutuar

Ao sabor da maré

Que me levará ao infinito do tempo

Do tempo que o tempo

Nunca poderá alcançar.

Viajar através do sol

Que nasce no horizonte dos sonhos

No mar das ilusões

Onde as sereias cantam

Canções de embalar

Onde adormeço

Num sono sem fim

Onde um cavalo alado

Me levará

Até ao jardim verdejante

Onde unicórnios azuis

Galopam livremente

Em cavalgadas compassadas

Pelas planícies da esperança.

Gilberto Fernandes

Gilberto Fernandes
Enviado por Gilberto Fernandes em 17/10/2018
Reeditado em 17/10/2018
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