Mãe.

Uma mãe sangra

E os filhos festejam,

As ruas estão vazias e assim ficarão.

Logo, a festa se tornará velório

Assim que notarem que a mãe não voltará naquela noite.

Um pai está morrendo,

Os filhos o ignoram,

Como se almejassem a orfandade.

Amanhã, buscarão pelo pai

E não haverá mais do que uma lápide.

Todos brincam com uma cadela

E esta cadela está no cio.

Os filhos inconscientes com a orfandade.

Quando a realidade chegar com a primeira lágrima

Não haverá mais braços para os acalentar.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 17/10/2018
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T6479021
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