Folhas de Outono



O amor no silêncio
Suportou o exílio
Dos corpos repartidos
E suas mobílias de amor
Em despojo,partidas,
Menos retratos no aparador!

O mesmo rosto,a mesma fome

E a vida dá a sentença
De seu rude golpe,
Ruminar o tempo,e os atavios
E cai a poesia falida e sua ferida,
Como prestação indeferida!

Os sapatos doem
O frutos colhidos doem
Doi o amor e seus consortes
E barraco de zinco
É a permuta do nosso amor!

Ficou sitiado nossos varais,
Bilhete de folha de papel -pão
Sem nenhuma compaixão amarga alma,
E doi o tempo pretendido
Doi as emoções gastas!

O mesmo rosto,a mesma fome,
E lá vem aviso prévio,
E mais uma sentença,
Morrer de amor ,pouquinho por dia
E sempre! Bateu porta de zinco,
Lá se vai meu amor,e a dor mede sempre,
Infinita na carne de quem ficou,
E o amor dói !!

 
MaisaSilva
Enviado por MaisaSilva em 27/10/2018
Reeditado em 27/10/2018
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