POESIA DOS CONHAQUES

Aqui no meu ser uma convenção de dragões,

Duendes brincam com o universo

Esses mesmos duendes são anciãos cansados

E em mim labaredas de fogo e choro...

Pois no Brasil querem vender as baianas.

Eu tenho um prato cheio de carrapatos indecentes,

Eu falo com espíritos, eu converso com lagartas,

Esse festival de anjos nus e bêbados

No meu coração existe o fascínio por carne e batatas

Quero saborear a emoção de pecados.

Nessa alma de puta à transar nas praias de moluscos?

Os dragões estão festejando o luar em pleno Shabat,

Crianças voam em balões de chocolate e sangue

Velhos namoram as trevas do passado cambaleante...

Os sustos da aventura em plena tarde de políticos violentos?

No meu ser onde o trabalho começa na demissão...

Trevas cheia de duendes que buscam luz na humanidade,

Pensamentos da ignorância apenas machucada...

Um trem de idéias pré determinadas pelo vazio,

Uma lembrança de chuvas e dragões simpáticos,

Uma fantasia entre discursos fascistas da aurora templária.

Na minha boca está acontecendo reuniões de mil universos,

Na minha alma a aguda sensação do furacão apocalíptico

Hoje fadas brincam de cantar na agonia atônita dos sorrisos...

São anjos que namoram no escuro mais apavorante dos ratos

E quando na cabeça trinca o eu do vidro morre as tartarugas...

Pobres tartarugas que roubam vinhos em pleno domingo,

O olho torto do urso quer ver a esperança... A boca da moça o mel.

Sou uma galinha fumando no escuro?

Sou um jabutí vestido de garçon em plena primavera da morte?

Sou um maldito em letras da solidão?

Sou o que penso ser enquanto houver dias de um leilão...

Existe no céu anjos ditando o fim da poesia afã por pensar apenas?

Naufrágios e guerras por uma transa entre deuses e baleias,

Quando os dragões suplantam amor nasce gemidos de assombro.

É o amor que chama a atenção...

Duendes invocam o cão e namoram ninfas,

Poções de bruxas arriscam a atrair tufões de serenatas poéticas,

São as inspirações das tempestades por paz!

São as caridades de pessoas que arriscam o próprio vazio?

Passarinhos que levam flores aos mortos no além do hoje

Pilotos que arremetem num abismo de alegrias e tesão...

Amores de uma poesia que vislumbra sonhos da incompreensão...

São sonhos de uma noite onde a lua foi esquecida e apagada.

Meus desejos são sonhos maléficos

Ó temporal de sangue e ariscos do único adeus à despencar?

Frio de uma madrugada gelada de carinhos de gnomos mágicos...

Crianças brincam com duendes e não sabem,

Velhinhos ficam dormindo ao som do grunhido do lobo...

Elefantes dormem na ponta da adaga do preconceito

São leões que devoram dragões no meu ser de pobre gentil ao pó...

Eu sou o mulato da tristeza banal e rude pronto para clamar!

Sou o negro brasileiro que foi chamado a não existir!

Sou a única lembrança alienígena em Marte nordestina...!

Sou a praga das plantações que colhem apenas luxúrias...

Quando o sol vai embora fica minhas dores de ninguém...

Ó poesia que neste ser que si faz jovem numa ilusão bacante?

Queima cabaré...! A noite é de poesia e futebol,

Queima cabaré...! As luzes do corpo nu é um mistério virginal...

Queima cabaré...! São sonhos de apogeos e murmúrios nervosos...

São poesias de ninguém...

Donde o tempo é um vômito em plena praça dos prazeres fúteis?

Sou um vento que sai do escondido da serra e depois...!

Sou o irrevogável vacilo de bêbado maldito e surreal!

O inimaginável luar maometano que escreveu a surata pecaminosa!

Sou o único que ainda escreve loucuras... Sou o inegável inseto!

O fogo é uma poesia de milhões de mosquitos intelectuais

A água é uma dama que assombra as histórias de ébrios rudes

O vento um provérbio inútil de um alguém como eu que é podre

A terra uma senhora de pernas abertas e louca por pesadelos...

Somos um inegável engano de dragões simples sem mais asas...

Desponta o sol de um novo dia e os heróis nunca flertam as flores

São sufrágios de duendes políticos loucos que nos tragam,

O tempo de toda sorte é imerecida na alma que é sonâmbula,

A poesia é uma maldição...

A poesia é uma maldição...

A poesia é uma maldição...

A poesia é uma maldição...

A poesia é uma maldição...

A poesia é uma maldição...

Maldição que nesses escritos alguém dirá: Um pobre lunático!

Pois isso que foi escrito e quem sabe foi lido é obra de alguém que está aprendendo...

Mayson Angélico Ser
Enviado por Mayson Angélico Ser em 28/10/2018
Código do texto: T6488076
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