* SANGRANDO *

"...Ó amado!

Não me refugiarei em teu negro silêncio.

O obscuro hoje se faz na retina de teus olhos.

Olhos de castanhos profundos

Feito a negra noite que adentra por sobre a floresta.

Cala-te pelo medo imposto.

Que descendo garganta abaixo

Lhe fizeram engolir.

Não me culpes pela crueldade a ti destinada.

No tempo do agora,

Tornei-me em ventos, tua amada.

Estancando tuas feridas

Curando tuas salivas

Trazendo no agora,

A clareira de um tempo a chegar.

E por esperar!

Hoje silenciou o amor.

Calou em mim teu pedido angustiante.

E delirante

Foram minhas tentativas

De querer um dia

Que aquelas malditas palavras

Morressem abafadas

Dentro de meu peito "soluçante" .

E na angústia do agora.

Volto minha face para o dia que escuresse lá fora.

Ansiando pelo relógio do tempo

E que ele acelere as horas.

Para que na tristeza

Acabe com sua frieza

E o sol volte

A nos iluminar.

E no instante da trégua

Caminhando a léguas

Possamos novamente

Nos amar..."

Agridoce P
Enviado por Agridoce P em 29/10/2018
Código do texto: T6489241
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.