Mãos livres.

Quero minhas mãos livres.

Livres de qualquer coisa que as prenda.

Não quero algemas,

Tão pouco, alianças.

Não quero minha mão agarrada à outras mãos.

Quero tão somente deixa-las livres.

Sem luvas,

Ou qualquer tipo de manopla.

Há tempos que não abro os braços,

Tenho sempre algo nas mãos.

Não os abro, nem para um abraço.

E por isso, sou tido como frio.

Não me importa ser chamado de frio.

O problema é não ser por conta própria.

Por isso quero as minhas mãos livres.

Não quero nada se agarrando a elas.

Não preciso de algemas, ou, alianças.

Necessito apenas das mãos livres.

Talvez livres o suficiente para acenar.

Quem sabe dar um adeus.

Henrique Sanvas
Enviado por Henrique Sanvas em 29/10/2018
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T6489330
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