Raiva, vingança e saudade

A raiva que sinto agride meu pensamento,

Faz dele morada.

Tem o controle monocrático de minha respiração.

A frequência existencial de meus inúteis dias

Estão de acordo à memória do que me fizestes.

Anseio por uma imprecisa e silenciosa vingança,

Mas quero sentir tua mão

Novamente na minha,

Tua risada

Às minhas trágicas indecisões,

Teu olhar fixo, contemplativo e verde

À minha incompetência de ser.

Quero novamente olhar para ti,

Dizer-te que da vida só sabemos que passa -

Arranca-nos o sopro e nos cospe à morte.

Quero voltar a te dizer que nada vale a pena,

Exceto te amar.

Quero, insistentemente quero.

Sabemos, eu e tu, no entanto,

Que nossa história é trágica a mim (não sei se a ti)

E encontramos, juntos (ou nem tanto), um fim.

Mas não desisto.

Vivo, insisto, levanto da cama

Pela esperança inútil de reencontrarmo-nos.

Charles WP
Enviado por Charles WP em 03/11/2018
Código do texto: T6493168
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.