ZANELATO
Queria decifrar o que sinto, olhando, mesmo que em vultos, teus olhos
E como mexem com minhas marés, teu sorriso, minha lua.
Queria decifrar o que sinto ao tocar, inda que num fio de meu pelo, teus dedos
E como me encharcam os dilúvio's sentimentos que brotam do teu corpo, meu céu.
Queria decifrar o que sinto quando me fito perdido nos detalhes de você
E como quando, perdido, me encontro abandonado nos teus braços, meu mapa, por horas.
Queria decifrar o que sinto deitado em teu colo amanteigado de ternura
E como fracionado fico em cada necessária partida e quando me diz '"adeus", meu caos.
Relutante, quero decifrar como nossos corpos calados falam
E como me faz bem esse silencioso jeito de gritar...
É que cada certeza que tenho é duvidosa... cada justificativa é vã... e cada tempo é nada... quando estou dentre teu abraço, meu lugar.