Um homem de habita

         Um homem me habita 
         eu mulher parte dele. 
                 Unas carnes domam 
                 paixões sanguíneas.
     Aflora no meu peito 
     saída dele, - o homem -  
     bendita seiva 
     colhida e escorrida ao corpo,
     qual pérola derretida. 
                Sumo, néctar sorvido
                em deslizante gozo
                que seduz alma e 
                empregna amor à carne. 

     Um homem me habita
     e me tange qual harpa
     na morada consentida. 
              Percorre pele, fixa aroma
              corre e abre caminhos,
              sai de mim sem deixar-me
              seus sonoros tímbres
              de barítono que me canta
              divinas passagens... 
          
          Um homem me habita
          eu mulher parte para ele.
Divina Reis Jatobá
Enviado por Divina Reis Jatobá em 13/09/2007
Reeditado em 07/07/2008
Código do texto: T650773
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