RASTROS DA SAUDADE

Já não te vejo mais, olhando para o mar,
e nem pelas trilhas, cavalgando seu corcel,
já não vejo mais, a alegria em seu olhar,
hoje te vejo tão triste, olhando para o céu.

Quem te deixou, não teve piedade, nem dó,
e que agora não participa nada de sua dor.
e eu aqui triste,por ve la assim sempre só,
amargurado como voce, que perdeu o  amor.

Fica durante horas, a olhar para o horizonte,
mas noto que seus olhos vê muito além,
deve enxergar lá atrás, de algum monte.
embora sabe ,lá já não mora mais ninguém.

Vejo em seu rosto os rastros da infelicidade,
são sinais claros,que não consegue mais viver,
são tantos e tão marcantes,é a sua saudade,
e por causa dela, nada pode mais esquecer.

Não participou da festinha do santuário,
notei sua falta, durante anos voce curtiu,
também vi, que no dia de seu aniversário,
nem sequer no quintal de casa, voce saiu.

Das dez da noite, até pela meia noite e meia,
já seI, não te veremos,pois vive no isolamento,
também sei, não será alegre a nossa ceia,
por que hoje, está vivendo num convento.

A linda silhueta que meus olhos campeia,
lá na hora da Ave Maria,no entardecer,
baixou uma tristeza profunda, na aldeia,
foi embora com voce, a alegria de viver.


 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 30/11/2018
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