Amar-te no verbo Querer-te

Era uma flor bruta, acostumada a não ser reparada, a não ser admirada e muito menos amada.

Era um vazio espacial, mundos alheios aprendendo nos livros como não amar, do verbo odiar.

Era uma solidão intacta, como um cacto espinhoso para afastar feitiços que o deixam macio e confortável.

Era uma alma nua e crua, pedra bruta em lugar seguro, onde não passava um simples olhar, por medo de se machucar.

Era um coração de concreto, onde não entrava ninguém, nem por lei ou por decreto.

Então suas mãos percorreram meu corpo sem medo da estrada sinuosa no caminho, deixou rastro desenhado na pele e explorou todos os meus sentidos de sons em seus ouvidos..

Me fez existir quando estava fora por tempo indeterminado, dentro da solidão, guardada em um porão.

Agora toda noite te encontro nos teus sonhos que são os meus.

Claudeth Oliveira
Enviado por Claudeth Oliveira em 02/12/2018
Reeditado em 02/12/2018
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