ISSO TUDO É O AMOR.

O Amor não pode ser mensurado como se fosse uma grandeza de três dimensões, mas, ele pode ter várias formas, volume ou extensões, e também de pertencer a uma escala de espaço. Ele pode se apresentar com certa profundidade ou superficial, mesmo verde ou maduro, e ainda ser passível ao fecundo, ultrapassar o original e até ser vital, ou mesmo infantil, longo ou curto, pode envolver como um susto, passar como um tufão, ou como uma brisa de verão, pode ser sentido ao longe ou bem pertinho, e mesmo assim acelerar o coração.

O Amor pode ser como uma perversão, um remédio, desencadeado por uma paixão ardente, colocar no ventre uma semente, e jazer de repente. O Amor transcende o tédio, e é o intermédio para a felicidade. Um Amor é uma docilidade e que pode gerar sorrisos, um momento perfeito, abrasar em um leito, fabricar sonhos e insônias, produzir palpitações, aflição, tribulação e até ilusões. Um Amor verdadeiro pode se abastecer de ternura, se expandir no tempo, caminhar pelo passado, atuar no presente, se fazer abraçado pela cintura, se encaminhar para o futuro, e adormecer na eternidade, com tanta loucura.

O Amor se faz eterno ou fugaz, pode ser o primeiro ou o último, jamais incapaz, novo ou velho, mas muito tenaz, e tem que ser ardente. Um Amor só não suporta não ser vivido, sonhado e mantido latente, um Amor nunca está sozinho, ele busca caminhos, e foge dos espinhos. Um Amor precisa de outro Amor para sobreviver, e não se deixar perecer, daqueles que nos faz endoidecer, e se assim não for, não terá resíduo de um Amor, terá sido apenas um acolher.

O Amor pode acontecer em uma troca de um beijo, um carinho, um ninho de emoção, um afago, mas, jamais vai causar um estrago, sem que se tenha um perdão. O Amor pode permutar confidências, comutar juras, sobreviver a um feitiço, trocar dúvidas e experiências, e apresentar seu viço. Um Amor pode ser forte ou fraco, distraído ou atento, pode vencer tormentas, pode ser curtido, escolhido, causar dissabores e oferecer alento. O Amor pode resistir a distâncias e a transpor numa fração de segundos através do pensamento.

O imponente e genuíno Amor pode ilustrar na lua cheia e em um dia brilhante, é um diamante encrustado e por si só divino. O Amor pode ter lembranças de espaço, de aroma, ser composto em poesia de sonoridade, e de um próprio abraço de felicidade. Pode nos fazer de avatares em transformação. Um Amor pode ter mania, lugares às vezes doce, outras vezes agre, mas todo sempre bem saboreado, declarado e de todo afeiçoado. Um Amor pode iluminar a vida ou deixar sombreado o coração.

O Amor pode cometer desatino, por vezes se arrepende e destroça o destino, um Amor de verdade pode dar espaço, ceder momentos, expor ideias, lançar argumentos, sem jamais violar sentimentos e se tornar agraço. O Amor é inegavelmente sábio, cristalino, divino, desinteressado, confiante, e altruísta, mas sempre se apresentará como uma conquista, sem jamais se tornar egoísta, um Amor tem que ser imenso, com cheiro de incenso, não fragmentado, e sim denso, e por si só determinado e completamente testificado.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 11/12/2018
Código do texto: T6524066
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