Sonoro em silencio, vago sem rumo.
Velando com voz de soprano.
Mais uma vez, mais uma noite.
Vem o vento, diante da rara beleza.
Aos céus escuros e tão cheios de brilhos.
Ouso erguer do chão, seu véu veloz entre raios.
Varrendo e trazendo pelos braços, sua eterna amante trovoada.
 
No cinza do céu sedento.
Voando na tempestade, fui também.
Fui num vaivém veemente, a balançar os meus galhos.
Me pus a dançar e como par a chuva.
Dancei ao vento, entre trovões e estalos, relâmpagos e poeira.
E na claridade a incendiar, raios sem piedade.
 
Depois do nosso baile, no campo solitário.
Em minha respiração ofegante, um silêncio revelador.
Suave como uma brisa, anunciavam a calmaria.
Vi em seus olhos, o nascer do sol, a lua e as estrelas.
Era o presente que você deixou.


Senti em meu coração que a nossa felicidade encheria a terra.
E duraria até o final dos tempos!


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Luciano D’Alessandro
 
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Enviado por poetadasalmas em 12/12/2018
Reeditado em 25/11/2020
Código do texto: T6524871
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