Marina Colombo e Sophia Rodrigues
Carinhos parecidos. Sentimentos muito iguais.
Depois de muito tempo,
este é o primeiro natal sem ela,
mas antes que brote a primeira flor
da primavera, ela voltará,
pois é quem renova as esperanças.
A vida nos exige que sejamos felizes,
mas quase sempre por um triz,
enquanto que essa tal de saudade,
carrega consigo a eterna maldade,
de sempre nos prender à sua teia.
Mas a sua batata ainda não assou,
minha querida irmã.
De boa. Numa boa.
O infeliz inventor da gaiola,
deve ter sido um extremo egoísta,
sem a menor noção do quanto é boa,
essa sensação de liberdade.
Verdade!
E quantas vezes alguém, nalgum lugar,
nos esperou chegar?
Falo isso muito por mim,
mas enfim,
o meu não é o único caso.
Aquilo que muitos chamam de descaso,
trata-se simplesmente de se respeitar os desejos
e com isso muitos beijos,
serão guardados pra depois.
Enquanto houver quem não se contente,
simplesmente,
com o feijão e arroz,
sempre tentará um novo cardápio
e não é que foi assim,
que o homem aprendeu a voar?
Quem não tem muito para dar
e nem consegue sonhar,
por favor,
pelo menos não permita,
que delimitem outros territórios,
pois quem foi que lhe disse,
que Deus, ao nos confiar a criação,
garantiu, de papel passado,
que tinha abdicado,
do seu direito legal sobre eles
e se Colombo descobriu a América,
porque é que nossos filhos não podem,
pelo menos tentar?
Amar e respeitar é tão lindo!