OS MECÂNICOS DO TEMPO

Nas trevas de tamanho desejo; onde a única saída é a exclusão dos sonhos; morada de terror e medo pelo olho do furacão; num instante de incompreensão deve existir comemoração pelo bem... Saberá os homens que haverá uma corda no pescoço e nisto poucos conseguem ver as estrelas no seu glamour; quero navegar um oceano de dores e mergulhar às profundidades do próprio eu e em seu egoísmo de poder descansar nas lágrimas do desamor covarde... Pois, no por do Sol existe escondido os segredos dos anjos mecânicos do tempo. Vem ó amor pela vida... Sonda minha alma e atravessa uma espada chamada de rancores do desespero tão inútil em mim; foge aos escombros da guerra e faz uma cabana de madeira podre e de argamassas da vergonhosa solidão... Sonda os oceanos de serafins e querubins em plena tarde de outono. E vê os segredos de anjos mecânicos do tempo; mergulha nas águas negras dos monstros marinhos e mata as bruxas ignorantes dos seus próprios encantos... É a derrocada vitória do amor sobre os Ogros de pedras e da completa indiferença do ser. Nas apoteoses das fadas em uníssono brilho musical de fantásticas vidas bandidas em que o tempo brinda a sorte dos tolos; quando haverá um touro que recuse seu toureiro tão algoz de morte e esquecimentos? Sinta a canção que fascina os sonhos das princesas em seus castelos solitários... Sinta o sabor da comida em toda sua luxúria nefasta e irreal... É os fantasmas da vida inumana querendo ser ouvidos e não apenas tocados pelo coração que tem medo. Eu sou. Eu fui. Eu quero. Eu ainda sinto. Eu ainda canto. Eu ainda serei... Nas apoteoses do ignóbil... Nas paredes pintadas de tinta das lágrimas perdidas me acho... E querendo ser imortal na medida do possível vejo os enganos da derrota de minhas próprias guerras por carinhos. Vejo os salutares alvoreceres da liberdade... Lindo é o reflexo da existência nua e bem feita pelo tempo... Ninguém será um juíz de medida nescia. Ninguém desfrutará das Uvas da idiotice... Ninguém será a fatia de bolo podre e incolor. Pois, bailarei nas estrelas de um cosmo singular e contraditório; nas lâmpadas que criam lumes de prazeres e conhecimento deste ser libertário; eu te vejo dama das ilusões em frases milenares do agora travesso... Redescobrir o amor e a loucura perceptível é um dom dado pelos artistas proibidos me atrevo. Querendo não ser ninguém já entendido... Não desejando ser uma loucura aceita pela compreensão do próprio entendimento de si mesmo, eu vou ao profundo do espírito que cativo as incertezas das respostas tolas e pré concebidas ainda não alcançou as verdades jamais provadas pelo mel de abelhas já fossilizadas. Respire o bem do novo tempo dado pelas maravilhas do aqui e agora, tão possíveis aos dissabores das festas da infinda tolice passageira; e então no clímax do vento atemporal da alma, que pertinaz e escrevente nestas mãos fanáticas num display tão sozinho em mim; refaz uma única fórmula sem nenhuma explicação às frases soltas aglomeram-me desse desabafo; uma dose de morfina, num corpo primaz e arrastado pela correnteza da vida, donde, já imperceptível, e, iludido pelas agruras com carinho e do orgulho; tem as alegrias de ler na fronte das suas verdades preferidas do peito caminhante um bem maior, que em si tão impróprio quer saber viver. Sou o poeta da prostituta consciência amante. Sou o poeta virginal e negro de qualquer pureza indelével e latente. Sou tua própria sintonia fria e atroz. Querendo eu navegar num barco já naufragado nas águas de um mar tão ciumento, me vejo na íris que reflete apenas o teu cabal ser já afundado no mar que tu bem sabes, ser tu mesmo; já em mim. Olha que as ondas são de papel!

Mayson Angélico Ser
Enviado por Mayson Angélico Ser em 25/12/2018
Reeditado em 25/12/2018
Código do texto: T6534965
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