O ID E OS RINOCERONTES

Tanta solidão na atmosfera do tempo e eu com uma vontade de voar para bem longe de minhas lágrimas. Tudo passa até mesmo qualquer coisa que não conseguimos entender com a razão já tão cansada de chorar. Meu amor não tem beleza na imaginação de liberdades e açoites; ele é construído de tijolos do encanto simples... Porque, na carência de qualquer bem temos todas as respostas no espírito indivisível. Existe belezas proibidas, existe uma árvore de frutos que são as paixões do corpo nu e atrevido. Digamos que isso tudo é um sinal de quê na luz inexiste paz pungente que possa construir um novo universo entre tantos com pecado e mel. Eu que escutando os sonhos longínquos me alegro com a felicidade desse amor que inevitavelmente me atrai, e atraindo sou presa fácil das palavras perdidas no próprio sopro de alguma escolha. Vivo no mundo de feitiços, me escondo no manto escuro do amigável pesadelo, e tendo as armas das muitas flores vou colhendo o destino aceito por outros semelhantes do meu íntimo pranto. Parece que o sol hoje quer brilhar mais intensamente para as núvens força que propaga-se aos horizontes da enclausurada existência violenta e soturna. São as vibrações deste meu amor quando retardadamente brinca sem saber com as labaredas perigosas humana. Até ao fim das tristezas no lento caminhar me busco; e quero saber o valor das horas ocultas dessas sombras ao tártaro punidor e as vezes presente na minha dimensão pública. Sem mais luz para ascender os propósitos da escolhida paixão de uma cálida mulher; eu simplesmente aclamo as tardes do querido descanso e do belo poetizar. Onde posso com a mesma conclusão de tudo ver trevas nos olhos de anjos e rinocerontes. Dizer que o amor pode transformar as formas imperfeitas é prazeroso, mesmo que essa forma seja a camada rude e gigantesca da dimensão divina. Essa mesma dimensão de onze vidas que anseia nos entender nas sutis quimeras insondáveis, e, num, instante, num, instante sem ao menos nos apercebemos vislumbramos o florescer de sóis e planetas de alienígenas artistas do ser inexplorado; o amor tem dessas coisas quando ao vasculhar as trevas ocultas do eu fingido dita as verdades de algo não tão lindo. E si perder nestes sentimentos é uma escolha soberba que eu ouvindo de mim mesmo posso com arrogância da íntima ignorância vislumbrar em muitas formosuras de gente. Onde o tempo é rei o amor é plebeu temido. Onde o tempo é ditador o amor é conselheiro traidor dele mesmo. Pois, ao nos perguntar-mos sobre o que move tantas paixões inegáveis veremos que mais inegável é as certezas de amar e nisto ser também amado. Pois, o amor é sexo e o sexo nunca escolheu ser amor, mas gemidos. Eu escrevendo tamanha incompreensão me faço aos respondentes o próprio entendimento que me esconde neste nada cabal e afã. Tantos são os jovens nas danças exaltadas de fogo e quimera sexual que eu simples mendigo desta emoção apago-me em lume desconhecido de si. Vibrante é as aventuras do saber entre alienígenas num disco voador dos sonhos... E indo de encontro as quimeras do brilho da ônix eu mesmo vou me construíndo nas respostas sem mais nenhum preconceito de razões e de matizes; sou o destino que tu tanto lê com preguiça; sou tua própria pergunta talvez tola e genial; e na virilidade das conhecidas decisões vou formando um por um todos os mosaicos da ventura humanística. E em tantos amores proibidos pelo medo busco as liberdades da ociosidade. Sempre me pergunto se alguma coisa pode fazer tanto sentido como a liberdade; mas, me conheço um pouco e sei que escravo de tantas mágoas meu privilégio na prisão é uma ilusão na sociedade que julga-me; porquanto, os mesmos amores que eu tanto não quis que me possuísse me resgatou sem perceber na minha carne em pedaços de alguma dignidade ou desalentos. Foi a escolha que fiz. Foi a única paixão que vivi. Foi o último dos sonhos do sonhador nas terras azuis. E vislumbrando estas imagens por mim escolhidas dia à dia na cabeça tão viciada por lembranças de si vou querendo viver as decisões de sutil felicidade. Pois, essa é minha verdade; essa é minha vontade de ser livre, mas um livre que não quer voltar as paixões de antagônicas surreais mentiras. Vislumbro o belo e sei que apesar desta fealdade minha sou eu que quero ser a imagem do real tempo de muitas miragens passageiras; e o hoje me restou; e o amor quis ir me buscar... Eu posso chorar de desgosto e quebrar as várias veredas abertas pelo tempo, eu posso criar um oceano de sal e sangue, mas na totalidade de brigas e conciliações consigo eu mesmo me tornar fantasmagórico; e acredito que ela (essa fugaz Musa) um dia vai lembrar-se com sorrisos de mim; esta paixão não destrói expectativas, pois, não há expectativas, somente as espectrais estrelas contempladoras nessas letras, que brilham no vácuo do silêncio de sobriedade e inspiração; de poesia demoníaca. O amor é um assassino que faz cativar sua vítima e agonizando a mesma suspira com tesão e diz: " tu me atraiu ao Paraíso e mostra-te-me a verdade de mim mesmo... Essa morte é o deleite do único fruto". Queira os desejos nos usufruir esse onírico id...

Mayson Angélico Ser
Enviado por Mayson Angélico Ser em 25/12/2018
Código do texto: T6535180
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