Esperança.
Fim de tarde que corrói, um frio que congela muito mais que o corpo
trêmulo melancólico. Os pingos de chuva na janela fazem companhia as
lágrimas que correm no rosto à busca do (in)oportuno sorriso.
Lagrimas que são tradutoras.
Traduzem saudade, desejo, tristeza,
anseio, vontade, busca, sonho, amor.
A saudade do tempo em que tudo era mais leve e as preocupações limitadas.
O desejo de fazer tudo, um dia, melhorar para os meus.
A tristeza das decepções que a vida é capaz de proporcionar.
O anseio insaciável da busca do querer saber porque das respostas
de perguntas nunca feitas antes.
A vontade de viver da forma mais aproveitada possível.
A busca por momentos que deem sentido a essa brevidade terrestre.
O sonho da utopia, da perfeição a viver.
O amor, amor para que não enlouqueçamos nesse mundo desiludido.