O RENASCIMENTO DE ORFEU

Vontade de morrer de amar

Como quem é adolescente outra vez

Voltar a sentir o frio de ansiedade

Voltar a suspirar de sonhos e músicas

Voltar a beijar, beijar, beijar

Voltar a sonhar, sonhar, sonhar

E brigar por amor num duelo de honra

Mas a amada é de enigmas, sonhos e poesia

E linda, linda, mais linda que as princesas reais e dos contos de fada

Ela não diz que ama

Ela tem outra vida

Tão longe da minha vida

Tão perto da minha vida

Tão perfeita que ela não é desse mundo

Veio aqui só visitar os mortais impuros...

Mas a amada é uma flor em outro jardim

E eu detesto perder!

Desde criança, detesto levar um não!

Fico calado sem atitude

Por que ainda não sei ler mentes

Ela, nas entrelinhas, é minha, só minha!

Mas nas atitudes eu não a entendo, enigma de perdição!

Amo minha família que está só abaixo de Deus!

Amo esta mulher com jeito de adolescente tão lívida, tão leve, tão louca, tão longe...

Quando será o dia do eterno verão?

Será que virá o dia da eternidade de amar?

O dia do amor eterno como um sacramento?

O dia da paixão sem limites, eterno no cotidiano que virá depois..

Eu a amo demais! Não suporto esse peso no meu peito

Esse nó na garganta

Ela está presa num vendaval...

E nem vê que sofre...

Quem sofre é como os deuses dos mundos baixos

Não sabem o quanto sofrem...

Não sabem que existe o amor

Não sabem como é bom ser feliz!

Mas vou resgatá-la como Orfeu

Que resgatou sua amada dentro dos infernos!

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 23/01/2019
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