Persona grata
Ela disse o nome verdadeiro
como um banho de cheiro
com voz de jasmim
Ela disse coisas tantas
da vida que espanta
em canto de cetim
Ela cantou versos livres
do modo que vive
as suas estações
Quanto tem de perfume
negação ao ciúmes
e de outras paixões
Será que alguma nota
abrirá sua porta
para minhas intenções?
Falou de sol e de chuva
da suavidade de suas curvas
da força do beijo
Cantou champanhes e vinhos
que ninguém é sozinho
que todo ser é lampejo
E eu, será que me encaixo
nas águas doce
de seu riacho
de desejos?
O quanto tem de veludo
no tato que a tudo
acarinha?
O tanto de sua toada
a canta a rainha das fadas
ou a fada-madrinha?
Ao cantar, adepta da paz,
minha guerra de nunca mais
ter fim
estancou a tal ponto
que a paz veio ao encontro
de mim
26-01-2019
03h35min