NÓS DOIS

Sílvia Purper.

Foi então que entendi você:

sério, reservado, quase sempre escondendo

todo sentimento que te consumia,

nem sequer ao melhor amigo,

comentavas o que sentias.

Pensamentos calados, desejos escondidos . . .

devaneios longínquos, atração contida . . .

tudo sentias e nada dizias.

Tudo querias e nada pedias.

Só, com seus sonhos . . .

Um dia aproximei-me, gostei.

Vi além de teus olhos, entendi.

Encostei minha mão na tua, tremi.

Captei teus pensamentos, fiquei.

Já não sofrias mais, sorrias sempre.

Não pensavas, pois estávamos nós . . .

sempre juntos, amando, ajudando,

sonhando, querendo sempre mais.

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