Amor e poesia e um tal de ser feliz cutucava
Corpos mortos se acabando. Atracados.
Precisados tanto se fazerem felizes
sorvem do dogma divino: "Amor é para sempre"
Peitos rendidos, que já uivaram com os ventos,
amor e pecado e perdão pactuavam com força a alegoria:
"andamos cansados do silêncio das mãos:
pelo corpo meu, pelo corpo teu".
Se é verdade que corpos a morte leva
carregar a maravilhosa "bestialidade"
destes corações, sem nada pra dar,
mas que se doaram mais que do que tinham, ia não.
♦ ♦ ♦
Era todo drama falso?
Se álgida saudade se morria
bastaria a lira do poeta
cantar tudo o que faltava. Nocaute!
E a morte parecia mais doce
De uma bestialidade maravilhosa!
Bastava de irritante cantoria.
Se álgida saudade se morria
bastaria a lira do poeta
cantar tudo o que faltava. Nocaute!
E a morte parecia mais doce
De uma bestialidade maravilhosa!
Bastava de irritante cantoria.
Marisa Costa
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Imagem: Pinterest
Encantada Poeta Olavo, interação belíssima:
"SOB A PEDRA ALGUÉM DORMIU,
NUM SONO ETERNO NO FUNDO,
MUITO SONHO ALI SUCUMBIU,
COMO BARCO EM MAR PROFUNDO."
"SOB A PEDRA ALGUÉM DORMIU,
NUM SONO ETERNO NO FUNDO,
MUITO SONHO ALI SUCUMBIU,
COMO BARCO EM MAR PROFUNDO."