Simplesmente, te amo.
Eu te amo.
Não: eu te amo "apesar de"
ou te amo "porque".
Apenas, eu te amo.
Amo-te, naturalmente
por puro instinto de meu ser.
Como a chuva que desce do céu
e a flor que brota da terra.
Assim como eu respiro e penso e falo e sinto,
assim também te amo.
Amo-te de todos os modos possíveis.
De maneira louca e sensata,
intensa e suave, rasa e profunda,
tímida e ousada, grosseira e delicada,
sutil e exagerada, calma e desesperada.
Amo-te, com ou sem juras,
com versos na boca e um silêncio no olhar.
Amo-te, com um amor que não cabe no peito,
pois meu amor por ti é completamente transbordante.
É imenso e pequeno.
É o infinito e mais um pouco.
É uma gota e um dilúvio,
uma simples pétala e a própria Primavera.
Amo-te como se a Eternidade se debruçasse
e diante de nossos olhos não nos restasse
nada além deste instante.
Amo-te, como um poeta e como um bobo,
como um amigo e como amante.
Sem medir as consequências,
sem notar as circunstâncias.
Sem ter quando, nem onde, nem como e nem por quê.
Amo-te
com descompromissada urgência...
São, doente,
disposto, cansado, triste, alegre,
de bom humor e de mal humor.
Amo-te como se o meu coração
fosse parar a qualquer instante,
como se eu visse a ampulheta da vida.
Amo-te, enfim, sem métrica nem explicações.
Indecifravelmente, espontaneamente,
irracionalmente, indescritívelmente.
Amo-te, por que sou quem sou e és quem és.
Assim te amo simplesmente porque te amo.