Te vi pela manhã
Seu andar me comove, me fazendo pensar
O que é que tem nesse homem, que me faz pirar?
Sinto que você também sente, vai, confessa
Pois quero transfundir-me em teu eu, assim sem pressa
Quero descobrir o calor das suas mãos com minha boca
Pois nelas quero repousar, saciando minha vontade
Que cresce como a fome, e digo que não é pouca
É mais que falta de alimento, é sede de tempestade
Então se entrega logo ao meu olhar desejoso
Diga suas palavras quentes e insanas, sem medo
Para que o anoitecer chegue bem cauteloso
Satisfeito com nosso encontro de hoje cedo