(Re)Encontro
Sua pele alva, delicada, pura neve
Fito e cobiço como quem não sabe se deve
O desejo flui incólume, intenso e leve
Questionar nenhum de nós sequer se atreve.
Suas curvas sinuosas, exuberantes e perfeitas
Suas passagens irretocáveis, viciantes e estreitas
Suas palavras doces mais que escolhidas são eleitas
As nossas dúvidas caem por terra naturalmente desfeitas.
Nossos corpos se encaixam como se retornassem a unidade
Nenhum sonho ou ficção é capaz de superar essa realidade
Amor, carinho, tesão e cumplicidade fundem-se de verdade
Atar-mo-nos é a maior manifestação possível de plena liberdade.
Além de nós, nada mais importa ou faz qualquer sentido
No chão minha calça faz Amor embolada com seu vestido
Aqui tudo é prazeroso,bilateral e irrestritamente permitido
Declarações misturam-se a obscenidades sussurradas no ouvido.
Não existe mais o antes e não pensamos no depois, só o agora
O tempo pára, inexiste aqui o conceito de pressa ou demora
Acreditamos fielmente que não haja mais nada lá fora
Talvez não possamos ficar mas também não temos como ir embora....