A ponte

Nova pena convém dizer em versos

E dar ao meu esguarnecido canto,

O cântico onde punem-se os perversos

No lodo, que banhava amargo pranto.

De almas na alvura, pelo val rotundo;

Que encantadora, vinha lacrimosa

Ao passo usado em procissões no mundo,

Inundando os sulcos, vinha amorosa...

Tive em gruta marmórea permanente

Estância, donde contemplava triste

Junto aos Alpes, na bela Itália existe

As estrelas, e asondas livremente.

Pelas costas surgindo o Sol nos vinha,

Seus véus rotos, co´o ventre desnudando

O dia, os círculos do alto monte.

Olhei-lhe logo, pela luz que tinha

Presa níveas plumas no arco da ponte

Por onde a cimo iremos caminhando...

Marquês Louback
Enviado por Marquês Louback em 18/09/2007
Código do texto: T658218