A ponte
Nova pena convém dizer em versos
E dar ao meu esguarnecido canto,
O cântico onde punem-se os perversos
No lodo, que banhava amargo pranto.
De almas na alvura, pelo val rotundo;
Que encantadora, vinha lacrimosa
Ao passo usado em procissões no mundo,
Inundando os sulcos, vinha amorosa...
Tive em gruta marmórea permanente
Estância, donde contemplava triste
Junto aos Alpes, na bela Itália existe
As estrelas, e asondas livremente.
Pelas costas surgindo o Sol nos vinha,
Seus véus rotos, co´o ventre desnudando
O dia, os círculos do alto monte.
Olhei-lhe logo, pela luz que tinha
Presa níveas plumas no arco da ponte
Por onde a cimo iremos caminhando...