Terça-feira, 5/3/2019
Antonio Feitosa dos Santos 

Amor, entre o céu e o fardo

A distância entre o corpo e o tempo,
Podemos chamar de céu da alegria.
Porém o percurso do céu ao espírito,
São longínquas preces de agonia.

As veredas conduzem ao céu do amor,
Dos espíritos e corpos que se atrelam,
Não tão longe, porém, nem tão perto,
Incógnita, que nem os anos revelam. 

Não falo aqui do sincretismo ou da fé,
Mas do amor e dos que o professam.
Quão difícil é, a reciproca de um outro,
Convivem, conversam e contestam.

A harmonia se quebra de véspera,
O caminho se torna longo e árduo,
O céu agora, chama-se de inferno,
Arde os pés, no lombo o peso do fardo.

Não há caminho de aventura ao amor.
O céu da alma é o mesmo dos amantes.
Não tão longe, porém, nem tão perto,
Nesse caminhar ainda somos aspirantes. 

Postado por Antonio Feitosa dos Santos
Em 5/3/2019 às 14h18 

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