Mãos dadas

O que faz a noite para se esconder de mim
Se sou tão negro quanto ela?
E onde está sua lâmpada macia
Que um dia se colocou a minha disposição?

Este chão que te alumia um dia me pertenceu
Morreu de alegria aquele que não se opôs este a olhar
Que tentou falar da ilusão, da fantasia lunar!
Olho para o infinito e me posto de joelhos...
Em um só apelo agradeço ao Deus Nosso Senhor
O pouco de amor que na humanidade ainda  resta.

Ouço o canto dos pássaros no bosque
Da ilusão, do meu sonho perdido na imensidão!
Na alegria duma criança que entra na dança
E não quer mais sair, mesmo que seu Skate
Role pela ribanceira ... Ô Deus!
Meu senhor onipotente olhai esse povo
Que de novo quer reviver passado tenebroso...

Oro e imploro dizendo não ao imbecil...
Eita povo varonil que acredita até no invisível
E diz o indizível no mundo dos sonhos
Que não pertence aqueles ainda não nasceram...

Cante! Viva como fosse este o último dia,
Que, de acordo com a lei divina, pode ser
Ache o caminho inverso e no reverso
Inverdade jamais dirá no ato de amar!
Este sonho é seu, este mundo é seu... Sigamos.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 28/03/2019
Reeditado em 28/03/2019
Código do texto: T6609534
Classificação de conteúdo: seguro