Caminheiro

Pela trilha a boiada ia
Suor na face escorria
Ainda guri no campo
Ia, tocando a boiada ia...

Meio dia na relva caminhava
Portas para ele se fechava
No morro operário se mexia
Falava de dinheiro, amor,
E desespero, de tudo que sabia.

Ferreiro no fole dava
Forma ao ferro, na esquina
A escondida de sexo se falava
O demônio esconjurava.
E queria ver nascer um novo dia.

A luz se apagou
Do berço caiu se levantou
Alegre ficou tua alma
À fascinação de tudo que sonhara
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 02/04/2019
Reeditado em 02/04/2019
Código do texto: T6613778
Classificação de conteúdo: seguro