MADRUGADA

Chega com a brisa do mar
serenando para refrescar.
Cheiro gostoso do seu perfume no ar.
Ah! Se a madrugada falasse...
Quanta história iria contar.
Cala madrugada, cala.
Fique quietinha para
não revelar nada.
Poupe escandalizar.
Sempre foste amiga.
Serviste de cobertor.
Não pode trair os que
confiam em ti.
Temos sede de segredos.
No frio? Aconchega-nos.
No calor? Suaviza tudo.
Psiu, silêncio para não acordá-la.
Em qualquer fase da lua
abriga, agrega
os verdadeiros amantes.
É magia, minha amiga
madrugada.


 
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 22/09/2007
Reeditado em 14/01/2018
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