ela lhe hipnotiza
sem precisar de muito, 
vem devagar, sorrateira
lhe abraça, lhe beija ...
com um único intuito 
de sugar tudo que tens 
dentro da capa que veste,

esconde-se a arma
embaixo do vestido
não leva os bens palpáveis (se fosse tava bom!) 
sem a matéria ainda há vida,
o que ela leva, não tem volta 
transforma-nos em cadáveres, 

morte lenta e encantadora 
leva-te ao relento e lhe cobre
com carinhos embaixo do coberto, 
adormeces no mais confortável sono ... (então) ... 
lhe descobre, depois deixas-te à deriva da morte,

fui alertado em sonhos, por sinos que tocam 
dentro de minh' mente, escapei de seus braços
mas por um segundo parei e pensei (será?) 
quero voltar e me entregar para sorte, 

porém creio não estar pronto
vou-me embora em prantos 
para amanhã tentar sorrir,
um sorriso amarelo 
mas ainda com vida
no entanto, só quero   
abraça-la de novo ...
(só mais um pouco)