O MAIOR POEMA DE AMOR QUE EU JÁ FIZ
Eis que surge um sorriso do outro lado da linha
Fazia um bom tempo desde a última ligação
Ninguém nunca soube explicar como dois corações permanecem ligados apesar de qualquer distância
E como a sintonia de dois espíritos amantes nunca morre
Mesmo que se passem mil anos
É sexta-feira
E, como em todos os outros dias, uma pequena lembrança
se tornou um turbilhão de sentimentos bons
Tirando a saudade, claro! Que hoje é maior que um milhão de oceanos juntos
Cada abraço, cada beijo e cada sorriso
Passam pela minha memória como se fosse um filme acelerado
Cheio de intensidade e diversão
Cada canto da cidade que testemunhou um amor nu
Despido de qualquer timidez ou prisões
As paredes do meu quarto que esfriaram tuas costas quentes
Quando eu te encostei nelas e te beijei lentamente
Sentindo tua respiração mudar abruptamente da água para o melhor vinho
Nem vou falar dos nossos passeios pelo céu a cavalo alado
Nem da intensidade que o nosso amor atingia com as almas plugadas
Da sensação de leveza depois do passeio mais incrível de todos
De como a gente se encaixava perfeitamente um no outro
Como um abraço apertado e seguro
que transforma duas pessoas em um só coração
Tudo isso
Que o tempo ainda não apagou
Me envolve a todo instante
Me fazendo ser aquele menino feliz
Que te fazia sorrir com piadas ridículas de águas de côco "xeladinhas"
Só me provam que um amor, quando é amor de verdade, nunca morre
Nunca, nunca, nunca
E só pra resumir o maior poema de amor que eu já fiz:
Eu te amo!
Valente - BA, 28 de abril de 2019.