ONDINA

Ondina... chamaste o mar?

Mas o mar não veio...

Não é por não responder ao teu chamar;

É porque é velho e feio.

Ondina... falaste para o vento?

E o vento que respondeu?

Uivou com maus modos e descontente?

É claro... o vento sempre assim viveu.

Ondina... colheste as flores?

Guarda-as o tempo que elas viverem

E esperemos que vivam como elas as nossas dores

Mas que perdurem nossas alegrias sobre as que tiveram.

Ondina... pegaste no meu coração?

Mas meu coração já não está quente..

Nem o mar, nem o vento, nem as flores o reverão...

Vieste tarde e eu vivi intensamente.