Poeta Morto
- José Alves Antunes Filho -

Intenso seu brilho
Falso meu tálamo
Ermo meu espectro
Dolente meu corpo

Pelas ruas sigo,
Sorriso no olhar
A dama desperta
E canta o amor.

Das portas se vê
Um burro devagar
Acendem-se prazeres
Ao sexo reprimido.

O berço é de Jesus
Cantam os anjos
Nos portos temporais
A balançar o mar
O poeta está morto.

"E agora, José?"
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 04/05/2019
Reeditado em 05/05/2019
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