"Duo"

"Duo"

São corpos que transcendem a carne

Que violam o duo

Que se fazem um uno

Que se misturam num movimento quase dançante

Um vulcão do Inferno de Dante

E que caem semimortos na cama já toda amarrotada

Única espectadora, testemunha calada

De até onde pode chegar a paixão

...

No limiar além tênue da razão

Que não é pura

Ou da emoção

Que muitas vezes não dura

Mais do que um simples instante

Um encontro que hoje, não mais precisa ser entre amantes...

São só dois corpos

Que por um momento

Pairados pelo poder até do vento

Resolveram cingir-se em um só!

Rodrigo Augusto Fiedler

Rodrigo Augusto Fiedler
Enviado por Rodrigo Augusto Fiedler em 11/05/2019
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