No pulso havia uma boca. Uma boca
de onde, do alto, corria-lhe a voz. Como direi ? Inteira !

Uma voz longamente a cantar o riso,
a loucura
e a vasta beleza que principia a vida.

Uma voz a atravessar o tempo
em mananciais fecundos de música.

[ Uma voz-rio, uma linguagem íntima e um corpo de sangue ].

 
Nunca, em tempo algum, se viu derramar tanta água sobre a terra.
Nem nunca foi tão grande a minha sede !

 






 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 17/05/2019
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