CANTO E SINTO

Canto o canto inequívoco do enamorado,

Infestado de acasos, apanhado de fulgores.

Tal qual serena serenata ao céu recompensado,

Brilho farto do crepúsculo dos amores.

Sopro macio de pélagos do oriente designado.

Sinto o sentir invariável do enlouquecido,

Este que por toda existência nos pusemos a buscar.

Como caminheiro infatigável em caminho ignorado,

Avenida que persiste no quebrantar.

Entretanto não canta meu sentir emoldurado.