O que seria o amor?
O que seria o amor, senão olhar pra teu riso e ver-me preso a uma liberdade?
O que seria o amor, senão cair aos abismos e voar na cantante melodia dos sonhos?
O que seria o amor, senão o chorar das frustrações e sorrir pelo encanto dos olhos teus?
O que seria o amor, em contemplação, se não existisse razão?
O que seria do céu, senão fossem as estrelas que dançam durante a noite?
O que seria dos mares, senão fosse a lua que o beijasse e o amasse?
O que seria das flores, senão houvessem as cores que cantam tuas pétalas?
O que seria dos sonhos, senão fosse o machucado que o ouvisse?
O que seria do pensamento, senão uma lembrança vaga e constante de uma imaginação?
O que seria do sentimento, senão uma sensação perdida e achada de novo e de novo?
O que seria das tristezas, senão a alegria da esperança que retorna e não chega?
O que seria do sentido, se não fosse uma resposta a ser achada no caminhar desse chão?
O que seria da razão, senão uma busca insaciável pela explicação falha?
O que seria dos olhos, senão o lugar mais estranho e bonito?
O que seria das preces, senão a saudade daquilo que nunca se teve?
O que seria do adeus, se não fosse o despertar de caminhos vãos trilhados?
O que seria de mim, sem teu calor que afaga meu espírito?
O que seria de mim, sem teu perdão, sem tua paixão?
O que seria de mim, meu bem, sem ti?
O que seria de mim, doce flor, senão aquele que não tem motivos pra seguir?
O que seria de meu coração, senão a caminhada de teus pés?
O que seria de minha alma, sem tua essência pra curá-la?
O que seria de meu ser, sem ti, uma luz que jamais acenderá,
O que seria de mim, meu céu, se não fosse você que eu fosse amar?