Pode cair o mundo

Eis-me aqui, como o sol que beija a lua ao renascer,

Como flor que ama a luz ao florescer,

És meu início e meu fim,

E mesmo quando os céus pegarem minhas mãos, ainda assim, viverás em mim.

Não temas a escuridão, pois se tu, que a meus olhos a luz despertou,

És a própria luz como anjo que cintila em teu recitar,

Como dor que machuca e ainda assim, cura,

Porque tem tanto medo, se é tu que trás ao frio a fervura?

És tanto amor que não tem somente um coração,

És o milagre dos maltratados,

E por aqueles por quem seu amor são fitados,

És o sentido de se pôr e do nascer.

És o matiz dos que não veem,

Dos que veem é a cegueira que revela,

Dos que buscam é o mistério,

Dos que encontram, és a indagação.

És o anjo que pela terra caminha,

E abraça tudo que somente a morte tinha,

És o nascer da pureza terrena,

És o viver que meu coração condena.

És o primordial, o tudo a ti não cabe,

És a melodia que o meu coração alcança,

Com tu, em meu coração, e todos os que feliz tu faz,

Com você, pode cair o mundo, estou em paz.

Maria Fernanda de Araújo Dantas
Enviado por Maria Fernanda de Araújo Dantas em 05/06/2019
Código do texto: T6665261
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