Não amei

Oh meu querido amor, por que foste embora?

Descortina tua visão para o horizonte que trás tua sagacidade,

Não deseja ouvir os lamentos dos que não amam a verdade?

Esqueceste do que era justo quando a meus olhos prostrou-se?

Vieste com teu amor traidor fazer apaixonar por ti o meu coração,

Não pensaste na dor que espatifaria meu peito a tua partida?

Não, não, não lembraste das cláusulas do amor?

Aquelas que juraste aos céus que te ouviam e testemunhavam o amor que nunca caminhou pelo chão?

Fizeste de meu peito tua morada quando em meu coração não existia descanso,

Fez-me amar-te como a primeira estrela a ser criada,

E fez-me odiar-te como a última a falecer,

Fez-me ver da vida um infinito caminhar onde tudo que não se vê, está prestes a morrer.

Por que, doce ilusão de meu pensamento,

Porque não amaste meus sentidos como os sentimentos que por ti em meu coração batia?

Dá-me as respostas para tuas perguntas de escravidão,

Porque não deixaste livre para amar alguém que queria fortemente o meu coração?

Não vês o que perdeu quando disse não ao que clamava?

Não cantas hoje teus tormentos que invadem tua alma?

Hoje choras, doce alegria, por não ter ouvido o que o amor tentava dizer-te,

Hoje, choras e perguntas porque o amor a ti não olha nem quer ver-te.

Caminho, doce mistério, com o equívoco que passeia com o amanhã,

Não temo, desta vez, pois meu coração acatou os conselhos do sábio amor,

Quando irei amar, jamais saberei, mas irei deslembrar aquele que por amor entreguei,

Mas que de nenhum coração, um dia, amei.

Maria Fernanda de Araújo Dantas
Enviado por Maria Fernanda de Araújo Dantas em 16/06/2019
Código do texto: T6674428
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