No Caminho do Teu Corpo
No silêncio escuro do quarto
tateio teu corpo
contornando tuas formas
dedilhando como num piano
as teclas desenhadas por meu imaginário.
Exploro os limites
da fronteira demarcada e
imigrante vago perdido por terras já conhecidas...
Escalo relevos, desvendo abismos,
sigo os sinais que me guiam
ao meu próprio desejo,
mapeio com as pontas dos dedos
o desenho estático e perfeito
da paisagem que me tomava os sentidos...
o retrato, a imagem, a miragem,
o oásis que jorrava em minha cama
diante dos meus olhos cegos de amor e medo...
Agora sei o que buscava encontrar,
um caminho que me levasse
a me perder em você.