Sementes de Amor

Sempre fiz tudo pelo amor,

Sempre farei tudo para amar.

O amor me fez quem sou,

O amor me faz o que serei.

Esse tal sentimento, se assim posso chama-lo, me nutre e me mantem de pé,

Mas por vezes, minha luta para ser o amor, me deixou distante dele.

Por vezes o plantei, certo o fiz, mas em terrenos pedregosos,

Mas como dizia Che, não me espere para a colheita, eu quero semear.

Assim o amor se multiplica...

A aqueles que poucas sementes têm...

A esses recomendo que plantem somente em terreno fértil.

Outros carregam em si uma vasta produção de sementes,

A esses recomendo que plantem em todo o tempo e que inclusive, deem sementes a outros.

Por vezes nossas sementes caem em terreno pedregoso, mas com o tempo, cheios de sementes conseguem tornar-se férteis e produzirem frutos.

Às vezes nossas sementes, mesmo caindo em terreno fértil, são incapazes de germinar, pois as colhemos em plantas inférteis.

Às vezes nossas sementes já germinadas, crescidas e produzindo, por pararmos de cuidar, tornam-se improdutivas e morrem.

Às vezes nossas sementes já germinadas, crescidas e dando frutos, são arrancadas por pessoas alheias ao amor. A essas, sobrará os próprios espinhos.

O amor precisa encontrar terreno fértil, e pessoas para plantarem e cultivarem incessantemente para manter sua perenidade.

Caberá então ao amor, em toda sua imensidão, propagar-se em todos tipos de terrenos, cabendo somente a nós o dever de cultivá-lo e propagá-lo por onde passarmos.