À procura de água nova

Ela surgiu , de repente, com um laço colorido no pescoço.

Seu olhar distante fitava o vazio daquele ambiente inusitado e desconhecido. À sua frente, seus olhos procuram a fonte que pode fornecer-lhe água para saciar sua sede.

Seus lábios carnudos estavam mudos e sequiosos, mas não seria qualquer água que lhe mataria a sede. A água precisaria ser límpida, purificada e cristalina.

Aquela fonte parecia dispor da água de que estava a necessitar. Precisava de água nova e diferente, como aquele sentimento novo que fluíra como um relâmpago no seu coração sequioso e ávido.

Sobre os ombros, o cântaro. O chapéu cobre toda a sombra do passado para saborear a pureza da água nova.