Passou Efêmera

O Universo inteiro que se exibe em ti

Telescópio nenhum é capaz

De mostrar o que vejo nítido assim

Com meus meros olhos mortais

Em teu olhar habitam estrelas diversas

Não mais procuro no céu o infinito

Acho em ti constelações incertas

Em posições inversas se tornam abrigo

Se o sol nasce em teu sorriso

Onde pode a lua estar?

Dia e noite a luz que preciso

Girassol e orvalho a lhe procurar

Se em tua cintura

Meus braços acham conforto

Anéis de Saturno

Se mostram com gosto

Se tu és água farei-me terra

Encaixe do rio ou mar

Se em mim deságua e encerra

Me faço em ti ficar

Tua demora assim despercebida

Se faz meteoro em meu mundo

Atraso e chegada concebida

Aparece e refaz tudo em um segundo

Nuvem eu hei de ser

Para tua chuva guardar

Mas caso ela queira descer

Lenço serei para secar

Tornado e brisa

Vai e vem

Em Marte avisa

Há vida refém

Em mim:

Nasces semente

Dormes árvore

Fazes presente

Voas ave

Priscila Anine
Enviado por Priscila Anine em 03/07/2019
Reeditado em 03/07/2019
Código do texto: T6687352
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