A cura do poeta


"LIA tinha olhos baços, porém RAQUEL era formosa de porte e de semblante" - Gênesis 29.17



O poeta diz: Um dos versos meus ... um!
Um bateu as asas e voou ... voou ... voou!
Um dos versos meus ... foi aos céus? Oh!
Aonde foi? (Se há onde?) Não sabia,
Até, então ... ó minha musa, ver-te!
Ele pousou em teu belo semblante.
(Sim, há onde!) Permita-me tocar onde
O verso está, pr'eu sentir à bela perfeição.

A musa diz: Ó meu amado, tu podes!
Toca-me, e eu serei a mulher perfeita
Para os versos teus. O primor vem de ti.

O poeta replica: Não me digas tal coisa.
A formosa de porte e de semblante, és tu!
Não há nenhuma atração nos versos meus.
Eles são um pouco cegos. Mas encontraram
Um ser humano angelical que brilha, brilha!

A musa treplicou: Ó amor. . . Não mintas!
És meu poetaço! Eu sou uma Belezura!
Por isso, vou acreditar que eu te curei ...


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