OUÇO E SINTO
Entendo o tic-tac da sola de meus ponteiros,
que marcham em anti-horário compassado ao passado
de nossas futuras reminiscências.
Acompanho o tum-tum-tum de coração bailarino,
que coreografa sem escolha e trégua
a valsa de amor sanguíneo.
Serpenteio com o zás-trás de olhos detetives,
que seguem, devassam e inquirem
a prova indelével do delito de nós dois.
Viajo com o psiiiiiu da boca de açúcar e sal,
que cala minha voz de paz ruidosa
e ressoa em peles e pelos alados.
Ai de mim se eu vivesse de silêncio…
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